terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Porque estamos aqui...


Quando proferimos «Alterações Climáticas», lembramo-nos logo de numerosos problemas, tais como: o aumento do buraco de Ozono, o aumento da temperatura, o degelo, entre outros. Mas esquecemos que estes factores poderão prejudicar os nossos imprescindíveis microrganismos.
Pois, com todas estas alterações, não terão tempo para se readaptarem, falhando nas suas funções, causando assim um enorme declive ambiental.

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When we say «Climate Changes», we always remember so many problems, such as: the increasing in the Ozone hole, the Global warming, the glacier melting, among others. But, we forget that all these factors could ruin our microorganisms.
With all these changes, they will not have time to readjust themselves, failing in there functions, causing in this way a big environmental solpe.


Vortipariografia


Paramécia / Paramecia

As Paramécias são organismos unicelulares que pertencem ao género paramecium, que foi descrito primeiramente no século XVIII por Müler, são do reino protista, pertencem à classe dos oligohymenophora, à família das prameciidea e ao filo dos Ciliophora.
Apresentam uma forma elíptica, com dimensões compreendidas entre os 50 e os 300 mícrones, dependendo de espécie para espécie. O corpo das paramécias é coberto de cílios simples, os quais são utilizados para a sua deslocação, e de cílios compostos no sulco oral (boca).
Estes indivíduos habitam em águas doces, principalmente em pequenas poças de água «suja» perto de estábulos, e, também em lagoas, valas, rios, lagos, reservatórios, e sobretudo em águas estagnadas que contêm matéria orgânica decadente.
Alimentam-se de, outros, pequenos protozoários, chegando a ingerir cerca de 5'000'000 em, apenas, 24 horas.
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The Paramecia are unicellular organisms belonging to the genus paramecium, which was first described in the eighteenth century by Müler, they are the kingdom protista, belong to the class of oligohymenophora, the family of prameciidea and the phylum of Ciliophora.
They're present an elliptical shape, with sizes ranging between 50 and 300 microns, depending on species to species. The body of paramecias is covered with simple cilia, which she's use for their locomotion, and in oral sulcus (mouth), she has compound cilia.
These beings living in freshwater, mainly in small puddles of water 'dirty' near stables, in ponds, ditches, rivers, lakes, tanks, especially in stagnant water containing decaying organic matter.
Eat, other, small protozoa, getting to eat, about 5'000'000, in just 24 hours.



Vorticelas / Vorticelas

As Vorticelas são organismos unicelulares que pertencem ao género Vorticella, são do reino protista, pertencem à classe dos oligohymenophora, à família das Vorticellidae
e ao filo dos Ciliophora. Assemelham-se com a forma de um sino invertido. Estes seres vivos microscópicos, têm um pedúnculo contrátil que se liga às raizes de plantas aquáticas.
Estes indivíduos habitam em águas estagnadas, principalmente em lagos, e pequenos riachos de água doce. A reprodução é feita por brotamento, onde a célula sofre uma fissão longitudinal e apenas uma filha mantém o pedúnculo. A outra filha soltasse e torna se uma telotroch, que nada até encontrar um substrato adequado para fixar e desenvolver o seu próprio caule.
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The Vorticelas are unicellular organisms belonging to the genus Vorticella, are the kingdom protista, belong to the class of oligohymenophora, the Vorticellidae family and the Ciliophora phylum. Its shap is an inverted bell. These microorganisms have a contractile stalk that connect the roots of aquatic plants.These microorganisms live in stagnant water, especially lakes, streams and small freshwater. Its reproduction is by budding, where the cell undergoes a longitudinal fission and only one daughter keeps the stalk. the other daughter is loose and makes a telotroch, swim to find a suitable substrate to fix up and develop its own stalk.



Daqui para a frente...

Até aqui, temos dado a conhecer algumas das informações e curiosidades sobre os microorganismos (Paramecias e Vorticelas), que escolhemos para fazer a observação dos seus comportamentos, mediante a criação, em laboratório, de alguns aspectos/acontecimentos causados pelas alterações climáticas, nomeadamente pelo Aquecimento Global e a Desglaciação.
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So far, we have been given to know you some of the information and curiosities on the microorganisms (Paramecias and Vorticelas), we have chosen to make the observation of some behavior, by creating, in the laboratory, certain aspects / happenings caused by climate change, especially Global warming and glacier melting.

Trabalho Experimental



I Fase: Preparação das Infusões:



Nesta I fase procedeu-se a preparação das infusões, para a criação dos microrganismos (Paramécias e Vorticelas).


Protocolo para a elaboração das infusões:


Material:

- 1 gobelé
- 40 g de salsa
- 150 ml de água mineral (ou outra)
- Acetato de papel milimétrico


Procedimento:

1. Mede-se 150 ml de água mineral.
2. Coloca-se os 150 ml de água mineral dentro do gobelé.
3. Pesa-se 40 g de salsa.
4. Coloca-se as 40g de salsa dentro do gobelé com as 150 de água mineral.
5. No decorrer dos dias da infusão vai-se medindo o número de indivíduos por milímetro quadrado, com o auxílio do acetato.


Observações:

(Estas observações destinam-se, exclusivamente à observação do desenvolvimento das paramécia, uma vez que por motivos desconhecidos não se formaram vorticelas).


1º Dia














Fig.1


* No 1º dia da infusão não se observaram quaisquer microrganismos (paramécias) quer em superfície Fig.1 como em profundidade.


2º Dia














Fig.2


* Apesar de serem observados microrganismos, não era possível ser efectuada a sua distinção/nomeação, pois estes só eram visíveis a uma resolução de 400x, em superfície como em profundidade.


3º Dia



Fig.3                      (resolução: 40x)


* No terceiro dia da infusão já são observadas algumas paramécias, cerca de 11/mm2. (Indivíduos/mm2)


4º Dia



Fig.4

* No 4º dia são observáveis cerca de 16/mm2.


5º Dia



Fig.5

* No 5º e último dia são observáveis cerca de 30/ mm2.


(Estas observações foram realizadas num período de 5 dias).



II Fase: Exposição das paramécias a várias temperaturas


Protocolo para o estudo do Aumento da Temperatura:


Material:

- 1 Lamparina de álcool
- 1 Tripé
- 1 Rede de «amianto»
- 1 Tina de vidro
- Água
- 1 Proveta graduada
- 1 Suporte universal com garra
- 1 Termómetro (50ºC)
- 1 Pipeta graduada
- 1 Pompete
- Infusão de salsa


Procedimento:

1. Coloca-se a lamparina acesa no meio do tripé e coloca-se a rede de «amianto» na parte de cima do tripé.
2. Coloca-se a tina de vidro com água, e põe-se sobre a rede de «amianto».
3. Coloca-se a pompete na pipeta graduada e mede-se cerca de 10 ml da água da infusão.
4. Coloca-se os 10ml de infusão na proveta graduada, e põe-se esta em banho-maria na tina de vidro.
5. Fixa-se o termómetro à garra e colocasse-o, dentro da proveta, (sem estar em contacto com o fundo ou as paredes da mesma),
6. Vai-se medindo a temperatura de 5 em 5 ºC.


Observações:


25ºC



Fig.6

* Apesar de não estar muito explícito na imagem a 25ºC haviam cerca de 30/mm2. (Indivíduos/mm2)

30ºC



Fig.7

* Nesta temperatura observaram-se cerca de 38/mm2.


35ºC



Fig.8

* A esta temperatura foram observados cerca de 23/mm2.


40ºC





* Apesar de não haver nenhuma fotografia que o comprove, a esta temperatura existiam cerca de 5/mm2, como se pode perceber no filme.


45ºC














Fig.9


* A esta temperatura não se observaram quaisquer microrganismos (0/ mm2).


Protocolo para o estudo da Diminuição da Temperatura:

Material:

- 1 Tina de vidro
- Gelo
- 1 Proveta graduada
- 1 Suporte universal com garra
- 1 Termómetro (50ºC)
- 1 Pipeta graduada
- 1 Pompete
- Infusão de salsa


Procedimento:

1. Coloca-se na tina de vidro o gelo.
2. Coloca-se a pompete na pipeta graduada e mede-se cerca de 10 ml da água da infusão.
3. Coloca-se os 10ml de infusão na proveta graduada, e põe-se esta em contacto com o gelo da tina de vidro.
4. Fixa-se o termómetro à garra e colocasse-o, dentro da proveta, (sem estar em contacto com o fundo ou as paredes da mesma),
5. Vai-se medindo a temperatura de -5 em -5 ºC.

Observações:

Informação: (Por motivos alheios à nossa vontade, não foi possível fazer qualquer clip de vídeo ou fotografia).


20ºC

* A esta temperatura verificaram-se 5/ mm2.


15ºC e 10ºC

* A estas temperaturas só se verificaram 2/ mm2.


5ºC

* A esta temperatura não se verificou qualquer indivíduo.



TABELAS DE DADOS





Polígono de frequências, relativo à temperatura e nº de indivíduos.

















Legenda:

I/mm2 = Indivíduos por cada milímetro quadrado.
Temp. ºC = Temperatura em graus Célsius.


Analise dos dados:

Temperaturas letais: 5ºC e 45ºC
Óptimo Térmico: 38ºC
Temperaturas de Tolerância: 20ºC → 30ºC // 30ºC → 40ºC


Conclusão

Com a realização deste trabalho, ficamos a conhecer melhor algumas das muitas características do microrganismo paramécia, e ainda descobrimos quais são as temperaturas letais, de tolerância e o óptimo térmico, conseguimos cumprir o nosso objectivo, perceber/estudar de que forma é que as alterações climáticas, aquecimento global e a desglaciação, poderiam vir a causar um impacto nesta estabilidade desta espécie, e concluímos que apesar de tudo as paramécias são seres que conseguem tolerar grandes variações de temperatura (indivíduos euritérmicos) estando aptas para enfrentar qualquer dificuldade. Não havendo, deste modo, um grande risco de que alguns dos seus habitats (poças, charcos, etc.) possam vir correr o risco de ficarem estéreis, no sentido de ficarem desprovidos de microrganismos, nomeadamente as paramécias.

Miguel & Patricia